Países dos leitores

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sábado, 21 de maio de 2011

-" O que se esconde por detrás da ajuda europeia a Portugal "


Interpelação à Chanceler Angela Merkel feita no Parlamento Federal alemão, por Jürgen Trittin, chefe do grupo parlamentar da coligação “Aliança 90 / Os Verdes”, em 12 do corrente, no Parlamento alemão:

“… Achamos que é correto ajudar Portugal porque é uma necessidade e um elementar princípio de solidariedade no seio da União Europeia. Se nós não o fizéssemos seria mau para Portugal mas também para nós. Nós, deixaríamos de lucrar com a nossa liquidez ( sim, porque se trata duma transferência de liquidez ) e Portugal, em meados de Junho, já estaria a pagar, pelo menos, 10% de juros.
Se considerarmos o grau de dificuldade e de dureza das medidas implicadas no auxílio financeiro a Portugal, teremos de concluir que elas são leves se as compararmos ao esforço que juros de 10% representariam.
Concordo que se deve sobrecarregar os custos do refinanciamento porque é um risco que este Parlamento e o Governo terão de correr. Mas eu gostaria que me explicasse por que razão nós concedemos o crédito a Portugal ao juro de 6%  se obtemos o dinheiro no mercado ao juro de 2,7 % ?! …
Queremos ajudar Portugal, Senhora Chanceler Federal, ou queremos lucrar com a ajuda?... Ou será que queremos esbulhar os portugueses ?”

Depois de ler o texto anterior, geram-se em mim duas reações curiosas:
- uma, é de satisfação, por ser mais uma oportunidade de divulgar que a política vergonhosa que a chanceler alemã tem seguido não coincide com a do povo alemão (o que para mim  é muito agradável);
- e outra, esta nebulosa, que se forma com todo o palavreado que os políticos portugueses têm debitado sobre o assunto.
Desta última resulta, inevitavelmente, uma questão:
 
  por que será que nenhum político ou economista português  denunciou esta
  pouca-vergonha?
Terá sido ignorância ou desonestidade ? … Ou será que os “patrões” não deixaram ? …

FONTES:O texto original, em alemão,de onde foram retirados os extratos, foi-me enviado, da Alemanha, pela minha amiga Ute Pferdehirt.
A tradução foi minha e os comentários de minha autoria.

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